Na última semana, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Cristóvão, por meio da coordenação de Vigilância Ambiental em Saúde, apresentou dois importantes relatórios para nortear o combate e a prevenção a doenças como Dengue, Chikungunya e Zika no município. Em uma exposição para profissionais de saúde, o lançamento do Boletim Epidemiológico das Arboviroses 2024 e do Planejamento Estratégico para 2025 mostrou resultados animadores para a população e ações ainda mais eficazes para os próximos períodos.
Entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024, apenas 109 casos de arboviroses foram confirmados, resultado que contou com uma redução de 71% em relação ao ano anterior. Além disso, foi divulgado o resultado do último Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa), realizado entre 06 e 10 de janeiro deste ano. Mais uma vez, São Cristóvão garantiu uma situação de baixo risco de contaminação, com o Índice de Infestação Predial de 0,8. É considerado satisfatório os índices menores que 1.
Segundo Daniella Fraga, coordenadora de Vigilância Ambiental em Saúde, as ações preventivas e integradas realizadas em São Cristóvão demonstraram eficácia no controle e prevenção das arboviroses, o que resultou no índice de risco baixo, contribuindo para a manutenção da saúde pública e a qualidade de vida da população. “O resultado positivo do LIRAa reafirma a importância da união entre as autoridades de saúde e a comunidade no combate ao mosquito Aedes aegypti”, afirmou.
Para a responsável pela Divisão Técnica das Arboviroses, Ana Clésia Fontes, apesar dos baixos índices, é fundamental que as equipes de saúde continuem em alerta. “Nosso objetivo é antecipar os cuidados no período sazonal, ajustando a rede de saúde, e reforçar as medidas preventivas para mitigar riscos”, reforçou.
Continuidade no combate às arboviroses
A Vigilância Ambiental em Saúde tem intensificado cada vez mais as ações no combate às arboviroses, promovendo visitas domiciliares realizadas por Agentes de Combate às Endemias (ACE), tratamento focal em reservatórios de água e ações educativas para conscientização da população sobre armazenamento seguro. Outras iniciativas incluem o programa "Cata-Treco" para recolhimento de pneus e sucatas, borrifação costal nas áreas com maior número de notificações, estudos entomológicos das larvas encontradas e intensificação da limpeza dos canais.
Para 2025, o planejamento de combate às arboviroses tem como principal objetivo reduzir casos, agravamentos e óbitos no próximo período sazonal. Estruturado em seis eixos – prevenção, vigilância, controle do vetor, organização da rede assistencial, preparação para emergências e comunicação com a comunidade – o plano prevê estratégias como eliminação de criadouros, monitoramento epidemiológico, mobilização da população e preparo da rede de saúde para atender possíveis surtos.
Visando garantir a eficácia dessas ações, o trabalho da vigilância priorizará as áreas mais vulneráveis e será intensificado durante o segundo semestre do ano, quando o risco de transmissão costuma aumentar por conta das chuvas. No período intersazonal, esses esforços serão direcionados à sensibilização da rede de vigilância e à investigação de casos para identificar os tipos de vírus em circulação.
A coordenadora de Vigilância Ambiental em Saúde, Daniella Fraga, ainda enfatizou a importância de lembrar a população que a Dengue também está associada às condições de saneamento, como limpeza urbana e moradias adequadas. “Não se trata apenas de uma questão de saúde, mas também de um esforço coletivo de melhoria das condições de vida”, alertou.
Caso as infecções aumentem, um plano de contingência será ativado, reforçando o atendimento médico, priorizando o manejo clínico e a organização dos serviços de saúde para evitar complicações e óbitos. Além disso, a vacinação contra a dengue permanece disponível para jovens de 10 a 14 anos, nas Unidades Básicas de Saúde do município.
Foto de capa: Dani Santos