O sonho de se tornar servidor efetivo e fazer parte da rede municipal da Educação de Aracaju levou mais de 18 mil candidatos, neste domingo (22), aos diversos locais de prova do concurso público do magistério, uma iniciativa da Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed).
A empresa realizadora do certame foi o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação de Seleção (Cebraspe).
Este é o maior concurso do magistério já realizado na história da capital sergipana. Com a oferta de 425 vagas, além de cadastro reserva, o certame visa preencher 359 vagas para pedagogos e 66 para as demais áreas, beneficiando diretamente a educação infantil e todo o ensino fundamental. A iniciativa busca fortalecer o sistema educacional municipal, atendendo às demandas crescentes de qualidade e equidade no ensino.
Os candidatos chegaram cedo aos locais de prova, levando consigo grandes expectativas e esperanças. Para muitos, o concurso representa a oportunidade de integrar o quadro efetivo de professores da rede municipal de Aracaju. Foi o caso da professora Rita de Cássia Bezerra, de 48 anos, que bem antes da abertura dos portões, já estava a postos em frente ao seu local de prova.
“A gente corre atrás da nossa estabilidade, e hoje em dia, como está tão difícil se manter no mercado de trabalho, então cada vez mais pessoas estão fazendo concurso, porque é emprego certo. Sou pedagoga há treze anos, mas por contrato. Agora estou tentando o concurso. Eu vejo isso como uma oportunidade única e que a gente deve agarrar para o nosso próprio crescimento profissional e pessoal. Por ser em Aracaju, e sabendo que vou ter um salário muito bom, eu espero realmente que dê tudo certo”, disse.
A professora Ana Izilina de Mendonça saiu de Frei Paulo, a 75 km de distância da capital, para realizar a prova em Aracaju.. Pedagoga há sete anos, ela trabalha como psicopedagoga em seu município e conta que chegou confiante para o concurso.
“Para nós, pedagogos, que estamos há muitos anos esperando por um concurso público, por uma efetividade, esse agora é muito importante. Hoje todo mundo quer ter uma estabilidade financeira, e esse concurso da Prefeitura de Aracaju é a realização de um sonho, de grande relevância para os profissionais de todas as áreas da Educação. Eu estudei bastante e estou na esperança de fazer uma boa prova”, declarou.
Se deslocando do mesmo município, a professora Ana Katiene Oliveira Almeida disse ter se formado em Pedagogia há dois anos e agora tenta entrar no quadro de professores de Aracaju.
“Esse é um momento único na vida de cada um de nós, professores, não apenas pela questão da estabilidade do emprego, mas também porque é uma forma de a gente aprimorar os nossos conhecimentos e de tentar melhorar a educação da cidade. É também uma forma de levantar a nossa classe, de dar mais reconhecimento ao magistério, a tudo aquilo que a gente transmite em sala de aula. Esse concurso foi uma excelente iniciativa”, afirmou.
Já o professor Valfran Santos Souza veio do município de Boquim, e disse estar bem preparado. “A realização desse concurso é uma oportunidade ímpar, pois através dele a gente vai tentar conseguir a estabilidade no emprego. Essa é uma iniciativa muito boa, porque vai nos dar mais segurança no mercado, caso a gente obtenha êxito”, disse.
Melhoria na educação
O concurso público para professores é mais uma iniciativa da Prefeitura de Aracaju em prol da educação no município. O certame faz parte dos inúmeros investimentos feitos ao longo da gestão, a exemplo do programa Escola Tech, alavancando a oferta do ensino para a população da capital.
A realização deste concurso, cuja relação dos aprovados será publicada no dia 20 de janeiro de 2025, tem um papel essencial na reposição de profissionais na rede municipal de Educação, fortalecendo iniciativas públicas de longo prazo e colocando em destaque a qualidade e a equidade na seleção de novos educadores.
A expectativa é que a entrada desses professores traga avanços expressivos na qualidade do ensino, resultando em melhores desempenhos e maior satisfação tanto para os alunos quanto para os docentes.
Foto: Alberto Cézar/PMA