Vivenciando o segundo ano de participação no Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc), o empresário Matheus Coelho, sancristovense, está otimista e com grandes expectativas para a chegada do evento, que promete atrair mais de 50 mil pessoas ao Centro Histórico da cidade, entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro. Como em todas as edições, o festival alavanca as vendas e movimenta a economia local. Isso mostra que, além de promover a cultura e o turismo, o evento tem deixado, a cada ano, uma marca significativa no âmbito comercial da cidade.
Matheus atua como empreendedor no setor de restaurantes e, como as expectativas com o evento são maiores a cada ano, já está se preparando para o aumento da demanda. "À medida que o evento cresce, as expectativas também aumentam. No ano passado, contratamos 4 funcionários extras; este ano, a equipe será ampliada em 6 pessoas, pois a previsão é de que a festa supere a edição anterior", explicou. Ele ainda compartilhou que, para melhorar o atendimento, também fará ajustes no cardápio, com foco em pratos típicos da cidade, como o aratu e outros mariscos, que tiveram grande procura no ano passado.
Vera Maria Gomes, empresária local, também vê o evento como uma oportunidade não apenas para expor seus produtos, mas, principalmente, para impulsionar suas vendas. “Com a experiência que temos de vender no Fasc, todo ano fazemos uma reserva de capital de giro para ampliar a matéria-prima e aumentar o número de funcionários. Este ano, teremos 5 colaboradores a mais”, afirmou Vera, que, além de vender os tradicionais Bricelets e outros produtos gastronômicos, também utiliza a sua casa para oferecer hospedagem.
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Maria de Fátima Souza, artesã que expõe seus produtos na Casa dos Saberes e Fazeres, comenta que o Fasc representa muito mais que um evento de vendas. “Como é um festival de artes, é algo maior do que o nosso dia a dia. Já estamos nos preparando há algum tempo, na expectativa de receber turistas e, claro, aproveitar o momento. Conhecemos bem o público do festival e estamos focando na produção de peças que sempre fazem sucesso em todos os anos, que são as peças menores. Na verdade, o público do evento já está comprando peças para arrasar pelas ruas da cidade”, destacou.
A diretora presidenta da Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Fumctur), Paola Santana, falou sobre o impacto econômico do Fasc, ressaltando a importância do evento para a cidade. "Apesar de ainda não termos um estudo que mensure o montante exato que circula durante o festival, podemos destacar o impacto significativo que ele gera. Nas últimas edições, o evento tem sido responsável pela criação de cerca de mil empregos indiretos, sem contar os aluguéis temporários e as diversas atividades relacionadas à economia criativa, que hoje desempenham um papel importante no desenvolvimento da cidade", afirmou.
Paola também destacou as iniciativas que geram novas oportunidades para os moradores locais. "Em 2024, mais de 100 vendedores ambulantes serão credenciados, com 70% dessas vagas destinadas a moradores de São Cristóvão. Além disso, a Feira São Criativos, que promove o artesanato local, é um dos espaços importantes para valorizar a produção de São Cristóvão. São inúmeras atividades que acontecem paralelamente durante o festival, e essas iniciativas impulsionam o comércio local e geram novas oportunidades de negócios, o que é um dos principais objetivos do Festival, que, além de ter um papel fundamental no fortalecimento do orgulho e da identidade da população sancristovense, contribui diretamente para o crescimento econômico da cidade”, pontuou.
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