As aulas estão sendo ministradas por Khadidja Santos Felix, figurinista, modelista de vestuário, estilista e artesã, que abordará três principais técnicas de bordado ao longo do curso: vagonite, ponto-cruz e bordado livre. Para a professora, a troca com as participantes tem sido uma grande oportunidade profissional e uma experiência muito bonita.
“Há anos, várias pessoas estão perdendo esse hábito do bordado manual, inclusive do vagonite, então essa é uma experiência muito gratificante para mim enquanto bordadeira e artesã que está passando esse ensinamento”, afirmou a ministrante.
Leonia Silva, coordenadora da Casa da Costura, explicou que um dos objetivos da oferta do curso é que se torne uma fonte de renda para as mulheres que participarem, sendo esse também um dos principais motivos para que elas busquem o aprendizado. Além da geração de renda, é uma ferramenta de expressão artística para a população da cidade.
“A parceria entre o Senac e a prefeitura de São Cristóvão tem sido muito bem-sucedida, e a inclusão social e a geração de renda local são aspectos fundamentais desse projeto. É gratificante ver que, além da capacitação técnica, as participantes estão descobrindo e desenvolvendo suas expressões artísticas, fazendo com que as alunas possam dar continuidade e valorizar ainda mais em seus trabalhos”, destacou a coordenadora.
Enquanto bordava ao ar livre junto à turma, a aluna Carmen Santos contou que já trabalha com artesanato desde 2011, confeccionando vestimentas do Reisado, e sempre foi apaixonada pela cultura local. Por isso, buscou o curso como uma forma de especialização, para trazer mais complexidade e valor técnico a seu trabalho artístico.
“Nunca tinha bordado de verdade, fiz o que pude, mas queria melhorar. Então, fiquei interessada em aprender mais. Como moro perto da Casa da Costura, conversando com a coordenadora, ela me contou que haveria um curso de bordado. Decidi participar e estou adorando estar com essas meninas maravilhosas. Estamos apenas começando, mas acredito que ainda vamos bordar São Cristóvão inteira”, relatou.
Já Magali Sobral se mudou há pouco tempo para a Cidade Mãe e buscou aprender a bordar como um passatempo e uma forma de exercitar a mente na melhor idade. Para ela, começar a nova habilidade tem sido um processo tranquilo e feito com muito cuidado. “Procurei o curso principalmente para manter a mente ativa. Já tenho 61 anos e acho importante exercitar a cabeça. Estou aprendendo por hobby, não com a intenção de vender. Além disso, tem essa questão da memória afetiva, familiar, que também me motiva a bordar”, frisou a aluna.
Os cursos ofertados pela Casa da Costura Dona Zil, que é um equipamento da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), são gratuitos e os interessados de qualquer idade ou gênero podem participar, desde que sejam maiores de 18 anos e residam no município de São Cristóvão. Quando há novas turmas disponíveis, o espaço abre inscrições e divulga a possibilidade de cadastro nos canais oficiais da prefeitura, para que o público possa concorrer ao número de vagas abertas. A Casa da Costura realiza novos cursos regularmente, tanto básicos quanto avançados, de corte, costura, crochê, bordado e múltiplas técnicas de trabalho com tecidos para a comunidade da cidade.
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