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SINDIMED ALERTA PARA O AUMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA MÉDICOS EM SERGIPE E REFORÇA NECESSIDADE DE PROTEÇÃO

Entre 2013 e 2024, Sergipe registrou 310 boletins de ocorrência (BOs) envolvendo médicos vítimas de violência em ambientes de trabalho.

Publicada em 30/10/24 às 16:53h - 8 visualizações

por São Cristóvão


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 (Foto: São Cristóvão)

Os casos incluem ameaças, injúrias, desacatos, lesões corporais e difamação dentro de unidades de saúde, hospitais, clínicas e outros espaços de atendimento. No cenário nacional, o Conselho Federal de Medicina (CFM) contabilizou mais de 38 mil BOs no mesmo período, revelando um quadro crítico e persistente de insegurança para os profissionais.

Os números refletem uma realidade cada vez mais preocupante, com um médico sendo vítima de violência a cada três horas no país, em média. De acordo com os dados do CFM, o volume de incidentes tem crescido de forma alarmante, atingindo um recorde em 2023 com 3.981 casos – o que representa uma média de 11 registros por dia. O levantamento expôs também que 47% das vítimas de violência são médicas, trazendo uma dimensão ainda mais grave do problema para as profissionais de saúde.

Em Sergipe, a situação não é diferente. De acordo com Dr. Helton Monteiro, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), o cenário de violência tem se tornado insustentável. Ele destaca que o sindicato está fortemente preocupado com o bem-estar e a segurança dos médicos no exercício da profissão, diante de uma combinação de ameaças físicas e psicológicas que fragilizam a atuação profissional e impactam diretamente na qualidade dos serviços prestados à população.

“A violência contra médicos é inadmissível. Esses profissionais, que já enfrentam péssimas condições de trabalho e falta de autonomia, ainda precisam conviver com ameaças e agressões em seus próprios ambientes de atuação”, declarou o presidente sindical.

Além disso, continua Dr. Helton, a pressão constante afeta a saúde mental dos médicos. “É alarmante que cerca de quatro em cada dez médicos estejam em risco de desenvolver transtornos mentais, como ansiedade, depressão e Burnout. Precisamos de políticas urgentes para garantir a segurança e condições dignas de trabalho aos profissionais que dedicam suas vidas à saúde da população”, observou.

O levantamento do CFM também revelou que 66% dos casos de violência ocorrem no interior dos estados, principalmente em hospitais e postos de saúde, onde o contato direto com pacientes e seus familiares é frequente.

Para o Sindimed, o enfrentamento da violência contra médicos deve ser prioridade para gestores de saúde em todas as esferas de governo. Conforme o presidente do Sindimed, “é urgente que se estabeleçam políticas de proteção que envolvam melhorias na segurança dos estabelecimentos de saúde e o cumprimento de protocolos de apoio aos profissionais agredidos”.

Além de promover a conscientização sobre o problema, o Sindimed está empenhado em fortalecer o apoio aos médicos de Sergipe, com medidas que incluem a orientação para o registro formal de queixas e a busca por melhorias nas condições de trabalho.

A entidade também reforça a necessidade de apoio psicológico para os profissionais, muitos dos quais estão à beira do esgotamento mental.

Por Joângelo Custódio, assessoria de comunicação Sindimed.




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