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Secretaria da Agricultura capacita mulheres quilombolas para implantação de hortas orgânicas

Atividade reuniu 70 agricultoras familiares dos municípios de Capela e Aquidabã atendidas pelo programa Ater Mulher

Publicada em 29/10/24 às 18:18h - 6 visualizações

por São Cristóvão


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 (Foto: São Cristóvão)

 

Mulheres agricultoras de comunidades quilombolas integrantes do programa Ater Mulher tiveram a oportunidade de participar, nesta quarta-feira, 23, de um curso sobre implantação de hortas orgânicas. A atividade, que se estendeu durante todo o dia, contou com orientações teóricas e práticas realizadas pela equipe do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), e operacionalizadas pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). A atividade reuniu 70 agricultoras familiares dos municípios de Capela e Aquidabã.

Do município de Capela, participaram mulheres da Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo Terra Dura e Coqueiral, e do município de Aquidabã, da Associação do Território dos Remanescentes do Quilombo Mocambo.

Uma das agricultoras contempladas foi Patrícia Freitas, da Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo Terra Dura e Coqueiral. Segundo ela, o ‘Ater Mulher’ funciona na comunidade desde o início deste ano. “Já tínhamos um grupo formado por umas 50 mulheres que a gente, na época da pandemia, formou para cultivar horta, com a ajuda da comunidade de Patioba. Começamos a plantar no modelo de mandalas. Eles doaram as mudas, nós fizemos a irrigação. Foi muito bonito no início, mas tivemos problema com a escassez de água, e agora estamos resgatando, com a ajuda do programa ‘Ater Mulher’”, disse.

O coordenador do programa Ater Mulher em Sergipe, Mateus Cristóvão Santana Freire, indicou que a ação atende 630 beneficiárias em todo o estado, nos municípios de Indiaroba, Barra dos Coqueiros, Japaratuba, Capela, Canhoba e Aquidabã. Ele explica que o projeto  é fruto de parceria entre o Governo Federal e o Governo do Estado, por meio da Emdagro, e em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

“O ‘Ater Mulher’ tem como objetivo trazer recursos e melhorias para as comunidades quilombolas. O nosso público de atendimento é exclusivamente de mulheres, e fazemos todo um trabalho de pesquisa, vendo o potencial de cada comunidade. Vai vir um recurso no valor de R$ 4,6 mil, que vai fomentar toda a produção da agricultura familiar, e diante disso estamos fazendo essa capacitação, promovendo cursos de empreendedorismo rural. As mulheres aprendem como investir, qual o procedimento a ser adotado com as técnicas apresentadas, para que elas possam ter sucesso na sua produção. Também fazemos o acompanhamento técnico com o pessoal dos escritórios locais da Emdagro”, detalhou.

A agricultora Maria Luciene Cunha Santos, de 40 anos, da comunidade Quilombola Mocambo, em Aquidabã, compartilhou sua empolgação por participar do curso e aprender novas técnicas de plantio. “É importante a gente receber esse pessoal que vem nos ensinar novas práticas, para melhorar nossa plantação. O nosso sonho é ter uma horta bonita, saudável, plantar para colher e vender nossos produtos, para termos uma renda para a gente”, destacou a produtora rural, que já planta milho, feijão e macaxeira e agora quer iniciar o plantio de hortaliças orgânicas, a fim de aumentar a renda familiar.

O instrutor do curso e agrônomo da Emdagro, Lucas Travassos Déda, é mestre em Agroecologia e especialista em horticultura, e explica sobre o conteúdo das orientações. “Estamos atualizando todo o conteúdo relativo às hortas, trazendo novas questões da horticultura para o público. Hoje o trabalho é para conscientizar sobre o plantio de hortaliças de forma orgânica. Então toda a adubação é feita com insumos que são permitidos para a produção de orgânicos, todas as caldas defensivas, que não agridem o meio ambiente e nem envenenam o aplicador da calda, tudo em prol da sustentabilidade do agroecossistema e saúde do agricultor”, apontou.

“Durante a parte prática, ensinamos desde a confecção dos canteiros até o plantio de mudas e sementes, e vamos ensinar também alguns tratos culturais, de como conduzir o tomate, por exemplo, que precisa de um sistema de condução para dar uma produtividade boa, a questão da adubação da terra, como fazer, como calcariar e a quantidade de adubo orgânico a ser colocado”, acrescenta o instrutor.

A produtora rural Maria Gréci de Santana Silveira, da Associação do Território dos Remanescentes do Quilombo Mocambo, em Aquidabã, foi outra participante que aprovou a experiência em sua comunidade. “A gente já tem essa prática da vida toda, de fazer o plantio sem uso do veneno, e aí através do projeto Dom Távora, em 2018, a gente conseguiu montar um grupo de mulheres para fazer o cultivo da horta. De lá para cá, a gente tem tentado manter o plantio sem uso do veneno, e tem dado muito certo. Hoje viemos aqui aprender novas técnicas, para podermos manter o nosso trabalho e os nossos planos de continuar cultivando a couve, alface, rúcula, cebolinha, pimentão, cheiro verde, o coentro, tudo de forma natural”, pontuou a representante da associação, que atualmente agrega mais de 130 famílias na localidade.




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